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Você sabia?

Fotograma do filme King Kong de 1933 (Foto: cantinhodabrisa.blogspot.br)
O macaco usado para o longa King Kong, do ano de 1933, parecia ser enorme. Contudo, o modelo media apenas 40 centímetros de altura. Na produção de 1977, King Kong cresceu. Sua média era de 13 metros.
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Irmãos Lumière: primeiros filmes (1895)



Confira os primeiros filmes exibidos pelos irmãos Lumiére, conhecidos como os "pais" do cinema", em dezembro de 1895.
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Luz, câmera e tpm!

Breve história da mulher bordando a sua própria vida e pintando na Sétima Arte

Por Natália Noro

            Com seus rodopios e dança cigana, Carmencita foi, segundo o historiador Charles Musser, a primeira mulher a aparecer na frente de uma câmera cinematográfica de Edson, em 1984. Desde então, as lutas feministas na sociedade urbana patriarcal ajudaram a mulher a conquistar seu espaço também nas telonas.
            Na década de 20,  a classe feminina era recatada e submissa, exercendo atividades maiores dentro de casa. No cinema, as personagens foram deixando de representar papéis secundários para ganhar mais enfoque e diversidade de interpretações, permitindo maior profundidade na caracterização das personagens femininas que não existia até então.
Atriz, produtora, roteirista e diretora, Carmen Santos é considerada a mulher mais importante do cinema brasileiro, pois quebrou com o paradigma de representar um papel de musa, como acontecia com os papéis femininos da época para ser, inclusive, dona de um estúdio.
            Na década seguinte, o cinema foi fundamental para influenciar novos costumes e modas. Surge a figura das "pin-up girl" com imagens ligada ao fetichismo, sendo consideradas os novos estereótipos femininos da época. A atriz sueca, Greta Garbo (A dama das camélias, 1936), se torna ícone de elegância por sua forma magra, esportiva e bronzeada.
            Entre os anos 40 e 50, com os ressentimentos Pós-guerra, se retoma as tradições e a mulher que antes apoiavam na defesa dos países, agora retrocedia em alguns hábitos como casar cedo e ser dona do lar. Em contraposição, no cinema, surgem os films noir associados a filmes policiais em que a mulher desempenha um papel de "femme fatale".
 Segundo a professora do Departamento de Artes da UFRN, Maria Helena Braga, "é uma das primeiras vezes em que a personagem feminina não é apenas o par romântico ou aquela que esteja confinada no lar e seja subalterna às vontades da figura masculina". Nesse papel, "a mulher usa do poder de atração sensual e sexual para manipular a personagem masculina a favor dela, e apesar de ser sempre punida, ela é colocada como um personagem muito forte, sendo a onipresença e onisciência da narrativa".
Marilyn Monroe (Foto: Getty Images)
            Como, então, falar de sensualidade no cinema dos anos 50 sem lembrar dos loiros cabelos e vestidos esvoaçantes de Marilyn Monroe? Marilyn, com seu visual glamouroso e representando mulheres fortes e independentes, contribuiu para a emancipação da mulher americana, permitindo uma conscientização sobre a figura feminina e deixando de ser tratada como objeto para ser considerada digna de respeito e proteção.
            Já nos anos 60 até os anos 80, tem-se a revolução sexual e a mulher começa a ganhar mais destaque e ir atrás de sua independência. Nos filmes, as personagens femininas são retratadas com crises existenciais e conflitos familiares, ganhando mais destaque e rompendo com padrões de vida da sociedade patriarcal.
            Mas foi a partir dos anos 90 que, de acordo com a professora, "começou a haver uma representação menos preconceituosa em termo da construção da personagem feminina". Já independente, a mulher sabe o que quer da sua vida sexual e toma iniciativas sugerindo que essa independência pode ocasionar num final feliz. Filmes como Thelma e Louise (1991) e Instinto Selvagem (1992) retratam essa realidade.
            Atualmente, as mulheres estão presentes em menor número em torno da Sétima Arte, porém tão qualificada quanto qualquer homem. Temas do universo feminino são discutidos abertamente e não há nenhuma função que não seja exercida. Cinéfilas de plantão, já podem sonhar com a sua estrela na calçada da fama em Hollywood!
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Os Lumière e o início do cinema


Eles não tinham diploma, mas marcaram a cinematografia

Por Brena Queiroz

(Foto: historiadomundo.com.br)
         
  
             Filhos de um casal humilde e nascidos em Besançon - França, Auguste Marie Louis Nicholas Lumière (1862-1954) e Louis Jean Lumière (1864-1948), conhecidos como os irmãos Lumière, são considerados os pais do cinema graças a sua principal criação: o cinematógrafo.

             A paixão pela fotografia surgiu graças ao pai, Antoine Lumière. Criador e proprietário da Usina Lumière, localizada em Layon, soube transmitir aos filhos o valor de aperfeiçoar, desenvolver e improvisar no ramo. Quando suas experiências na criação de placas fotográficas não deram certo, foram seus filhos que resolveram retomá-las e, dotados de paciência e inteligência, chegaram a uma fórmula final, tornando-se os primeiros fabricantes de placas secas da região. Aumentando a jornada diária de trabalho, os irmãos Lumière fabricavam diariamente, em média, mil e quatrocentas placas.


Utilizadas para captar as imagens,
as placas fotograficas foram utilizadas a partir de 1850

(Foto: tempoantiguidades.com.br)
Tornaram-se respeitados empresários e, mesmo com os endividamentos causados pelo pai, melhoram os negócios e deram oportunidade da família viver, pela primeira vez, confortavelmente. A fábrica, que antes era um pequeno galpão, evoluiu e ao patrimônio foi incorporada uma fábrica de vidro, parte de uma indústria de produtos químicos, de papel e outros 
                  acessórios.



             Os irmãos, que sempre se encontravam para discutir assuntos e definir o rumo da empreitada, passaram a desenvolver seus próprios materiais quando não os encontravam à venda. Trancavam-se no laboratório e só saíam ao inventar o instrumento desejado. Foi nesse contexto que Auguste começou a se interessar pela imagem em movimento. 

             A inspiração maior veio de Thomas Edison que, em 1891, apresentou ao público o kinetoscopio, que permitia a um único espectador observar o filme que se passava. Quando os irmãos se depararam com aquela criação, estudaram um meio de captar imagens, revelá-las e projetá-las num movimento semelhante ao da vida real.

             As pesquisas duraram meses até ser criado o cinematógrafo, aparelho movido à manivela que permite registrar uma série de instantâneos fixos, em fotogramas – dezesseis por segundo, criando a ilusão do movimento e projetando imagens animadas sobre um anteparo em tela ou ecrã. E é essa invenção que constitui o marco inicial da história do cinema.

Primeira apresentação pública

             A primeira exposição ao público do cinematógrafo ocorreu em 28 de setembro de 1895, na Eden, primeira sala de cinema do mundo situada em La Ciotat, no sudeste da França. A saída da fábrica foi o primeiro filme a ser exibido e logo após os irmãos produziram também O Jardineiro e Chegada de um trem à estação de laCiota. Depois das exibições, a cultura popular da época adquiriu patamar importante e nunca mais foi a mesma. 

             Sem perder tempo, os operários das máquinas eram treinados na fábrica e enviados a dezenas de cidades para apresentar a invenção ao mundo. O sucesso foi imediato e os irmãos, não se contentando apenas com o título de inventores, fabricaram aparelhos e películas, além de se tornarem distribuidores dos seus próprios filmes. 

             O lucro da invenção foi imenso e o cinema popularizado muito rapidamente. Entre 1895 e 1896, mais de 20 países já realizavam as exibições.O cinematógrafo transformou o século XX, interferindo na forma de ver e conhecer o mundo. Buscou narrar, explicar e apreender acontecimentos que envolviam os homens da época e os incentivaram a buscar o divertimento. Possibilitou a preocupação do audiovisual e serviu de impulso para outros pesquisadores.

             Hoje, 117 anos após a primeira exibição, a criação encontra-se no museu do Instituto Lumière em ótimo estado de conservação e representa a memória viva daqueles que, sem ter a mínima noção das consequências do projeto, revolucionaram a arte. 

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#Curiosidade

             O Cantor de Jazz (The Jazz Singer, título original) foi o primeiro longa metragem a ter as falas sincronizadas com as imagens. Exibido pela primeira vez em 6 de outubro de 1927, inspirou os filmes mudos a investir nessa grande novidade que era o "cinema falado". Al Jolson, o protagonista do filme, foi quem emprestou sua voz para a obra.

Cartaz do filme O cantor de Jazz



             Apesar de já existir, há algum tempo, a fala em si no cinema, a forma como O cantor de jazz trouxe tal inovação foi singular. No início, haviam discos com músicas separados das películas ou até mesmo cantores e atores escondidos atrás da tela, como uma dublagem. 


             Logo, O Cantor de Jazz é considerado o primeiro filme no qual o som já estava gravado, mesmo que separadamente. The Jazz Singer foi produzido pela Warner Bros. com o sistema sonoro Vitaphone, que utilizava discos de acetato.
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Os cinejornais no Brasil


O tempo em que as pessoas assistiam às últimas notícias na sala escura e na tela gigante

Por Carolina Freitas

             Imagine um mundo com poucos aparelhos e canais de televisão com programação limitada a uma parte do dia. Enquanto a televisão surgia, o cinema assumia um papel social diferente: tanto trazia ídolos, como também notícias. O cinema brasileiro, em boa parte do século vinte, não foi movimentado pelas obras de ficção, mas pelos noticiários e documentários, forte característica da produção nacional.

             O termo inglês newsreels pode ser traduzido como giro ou roda de notícias e transmite um pouco da estética e do conteúdo desses filmes: curtas jornalísticos exibidos no cinema antes dos filmes, normalmente traziam notícias factuais mais relevantes da atualidade e variadas em um espaço curto de tempo, inferior a 10 minutos. 




             As notícias eram feitas com narrações sobre imagens do momento do acontecimento, geralmente sem o áudio do ambiente, com uma trilha sonora de cinema antigo por trás e notícias separadas por vinhetas. Os assuntos variavam: um resumo da semana, propaganda do governo, inauguração de obras, um personagem famoso ou querido pelo público, um pouco sobre moda e muito sobre futebol. Havia uma linguagem diferente dos telejornais, mais cinematográfica em relação à filmagem e ao áudio. Talvez por essa diferença estética, ou pelo tempo limitado, não houvesse apresentadores, normalmente também não haviam entrevistas.




             As primeiras representações filmadas de notícia foram feitas na França, assim como o primeiro cinejornal, criado em 1908, o Pathé-Journal. Aqui, o primeiro cinejornal surge como uma versão do Pathé-Journal, em 1912. Tantos outros surgiram que até 1935, haviam sido criados 51 cinejornais no Brasil, de maior ou menor longevidade, e uma grande parte produzida pelos chamados “cavadores”, cineastas mais interessados em dinheiro, portanto haviam muitos cinejornais encomendados por políticos ou poderosos. No Brasil, os cinejornais foram produzidos até a década 1980, quando cessavam de ser feitos devido ao aumento da produção televisiva e do número de aparelhos no país.

             Durante o governo de Vargas, as versões brasileiras foram muito importantes para a popularização da imagem do presidente, como cinejornal oficial da Agência Nacional e tinha exibição obrigatória nos cinemas, o acervo pode ser visto no site Zappiens. Houve outros tantos cinejornais famosos e de grande longevidade, como o Canal 100, que transmitiu a primeira Copa do Mundo colorida no país, e que chegou até mesmo a virar programa de televisão. No geral, a maioria das produções eram da região sudeste ou da capital inaugurada em 1960.

Confira: Vídeo do Canal 100 https://www.youtube.com/watch?v=xOmYao6XNXY

             Os cinejornais, apesar de vários terem sido patrocinados ou institucionais, são um importantíssimo acervo de filmes históricos por guardarem e terem exibido ao público durante décadas momentos políticos, culturais e trazendo em si grandes personagens nacionais e estrangeiros, a representação de uma parte da história e o passado de diversas cidades. Nos seus variados temas, os eles se centraram em mostrar, sob um viés ufanista, a representação das maravilhas do país.
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Entendendo sobre o curso de Comunicação Social


Por Vitória de Santi

             O curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que completou 50 anos em 2012, é dividido entre três habilitações: Jornalismo, Radialismo e Publicidade e Propaganda. Atualmente, possui um corpo discente de mais de 1000 alunos. As habilitações oferecidas se mantêm em constante adequação e atualização, atendendo às transformações diárias ocorridas no mundo da comunicação.

             Pode-se definir o papel do comunicador como sendo a “apuração, interpretação, registro e divulgação dos fatos de interesse da sociedade”, de acordo com o projeto pedagógico do curso. As técnicas e métodos utilizados para a realização desse papel são difundidos no curso de Comunicação Social, nas habilitações de Jornalismo e Radialismo, sendo os campos de atuação de cada uma destas diferentes. 

             Esse papel varia ao se tratar de Publicidade e Propaganda, que foca, segundo o documento pedagógico, no “desenvolvimento e criação de soluções de comunicação eficazes para atingir os objetivos de negócios, anunciantes e institucionais, utilizando os conhecimentos da comunicação, linguagem, estética e tecnologias”.

             No início, o curso de Comunicação Social oferecia formação em Jornalismo, criado na década de 60 e modificado ao longo dos anos. A partir de 2002, o curso se Radialismo surge. Recentemente, em 2009, Publicidade e Propaganda foi introduzida como nova habilitação do curso. 

             O turno das aulas varia entre tarde e noite, dependendo da habilitação. Quanto a sua duração, as três seguem o mesmo padrão, pois o aluno pode cursar no mínimo 08 períodos e, no máximo, 14, sendo a média 09 períodos, ou seja, 04 anos e meio até a conclusão do curso. A maioria das aulas acontece no Setor II, podendo também haver aulas, em sua maioria práticas, ministradas no Laboratório de Comunicação (LABCOM).

             O curso de Comunicação Social possui seu departamento, Departamento de Comunicação Social (DECOM), vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) e sua secretaria e coordenação ficam situadas no edifício do CCHLA, também conhecido como “azulão”.

             É um curso bem conceituado atualmente e possui destaque em diversos congressos no âmbito regional e nacional. Sua mais recente conquista é a reforma do Laboratório de Comunicação, que contará com novos equipamentos e uma melhor infraestrutura para a produção e desenvolvimento de novos projetos, além de contribuir diretamente no processo de ensino-aprendizado dos alunos. 

             Comunicação Social na UFRN conquistou espaço no cenário da comunicação de uma forma geral, contribuindo de forma decisiva na formação de profissionais comprometidos e competentes com a sua profissão diante da sociedade.
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Um ensino expressivo

A educomunicação  é ferramenta alternativa para a aprendizagem de uma comunicação crítica

                                                                                     Por Anderson Maciel

             A Educomunicação, como o próprio nome sugere, é a junção entre educação e comunicação. Ela apoia professores e alunos no suporte ao fluxo qualitativo comunicativo. As instituições de ensino, portanto, trabalham com a mídia, promovendo a habilidade de cada aluno a se expressar em comunidades educativas e introduzindo uma especialização no controle das tecnologias da informação.

             Isso ocorre de modo a garantir a liberdade de expressão para os membros de tais comunidades; é a educação convertida em um senso crítico acumulativo no estudante, fazendo-o pensar e debater sobre os valores que ele segue e/ou divulga, além de comportamentos, pensamentos e ideologias. 

             Os materiais necessários à Educomunicação são os meios comunicativos considerados de massa, mas inseridos no contexto das escolas. Exemplos disso são jornais, vídeos - tanto para a internet quanto para televisão - ou até mesmo fazendo a união deles para criar uma WebTV. Entende-se que inserir tecnologia nas escolas é fundamental para que o projeto em cada uma delas avance e se expanda cada vez mais. Ou seja, busca-se fazer mídia dentro da escola.
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Uma minoria pela maioria

Centros acadêmico são a representação dos estudantes da UFRN
Por Yasmin Farias
            Os centros acadêmicos, conhecidos como CA, são entidades que representam os alunos de determinado curso. Para facilitar e organizar, cada curso possui seu próprio centro acadêmico ou diretório, pelo menos na teoria.



            Segundo Sylara Silvério, coordenadora de formação e articulação do Centro acadêmico CABW de Comunicação Social, o CA é um órgão estudantil que representa os alunos de um curso. No caso do Centro acadêmico Berilo Wanderley (CABW), representa os estudantes do curso de comunicação. É através dele que se tem uma ligação direta com a coordenação do curso. 

            Cada CA tem seu nome em homenagem a alguém importante particularmente na área que atua, O CABW recebeu o nome de Berilo Wanderley por tributo ao famoso jornalista formado no Rio Grande do Norte, boêmio e escritor conceituado. 

         Oficialmente, o CABW, possui 5 coordenações: assuntos estudantis, comunicação, finanças, de cultura, artes e eventos e de formação e articulação política. Todas possuem dois representantes, com exceção dá última, que conta com três. Cada um tem a sua função, mas trabalham coletivamente. 

            “Cada coordenação tem a sua responsabilidade, mas cada um dos integrantes sabe um pouco de tudo”, diz Caroline Bittencourt, coordenadora de assuntos acadêmicos do CABW. Com relação à representação dos estudantes, ela acrescenta: “A coordenação de recursos acadêmicos tem um representante do departamento que se reúne a cada 15 dias com todos os professores do curso que, por sua vez, discutem algum problema. Então, nós representamos os estudantes”.


Geralmente, os centros acadêmicos se relacionam com os estudantes direta ou indiretamente. Da primeira forma, os estudantes podem chegar diretamente para os integrantes ou ir à sede do CA e expor a situação. Já na maneira indireta, podem fazer isso através das redes sociais, como por exemplo, no blog ou no sigaa.          

 A gestão é anual e o tema deste ano é “Organizando podemos desorganizar”, tendo só três integrantes da gestão passada. É difícil acontecer de duas chapas disputarem uma vaga para o CA, e isso não é uma coisa boa. Seria positivo se houvesse mais, não por uma questão de concorrência, mas por fazer um debate sobre o curso em si e suas necessidades.


“Foi difícil, infelizmente, achar 11 pessoas que tivessem interesse em participar do CA”, disse Sylara Silvério a respeito da dificuldade da formação do CABW para este ano. Ela relata também o fato do Centro acadêmico ficar dois meses no final de 2012 sem funcionar devido a essa dificuldade.
            Elas concluem com o seguinte questionamento, referindo-se à real função do centro acadêmico: “não é mais fácil você chegar à reitoria com um integrante do CA com um baixo assinado de, por exemplo, várias pessoas, do que 1000 pessoas lá dentro?”.
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A era digital venceu?

Com todas as vantagens do jornal online, chegará o dia em que o impresso irá sumir?

Por Natália Medeiros

           O que era antes o maior veículo de comunicação e também de grande circulação, o jornal tradicional, atualmente vem perdendo espaço para a mídia digital. A internet, com suas facilidades, seu baixo custo de manutenção e lucros aparentemente maiores, está se sobressaindo à versão impressa dos jornais.

            Após 73 anos de tradição, de documentar fatos históricos, sejam eles locais ou não, e de ter empregado escritores célebres como Luiz da Camara Cascudo, o Diário de Natal anunciou que, no dia 02 de outubro de 2012, sairia seu último exemplar na versão de papel. Apenas o site do jornal continuaria funcionando e com uma quantidade reduzida de repórteres. A famosa revista norte-americana Newsweek, com 80 anos de edição, também passou a ter apenas o formato digital no final de 2012. Em cidades como Curitiba, Londrina, Cianorte, dentre outras cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, não existe mais nenhum jornal impresso em circulação.

           Estaríamos, então, presenciando o início do fim desse meio de comunicação? De acordo com Bill Gates, sim. Em uma entrevista, ele afirmou que os atrativos da Web logo iriam superar a velha mídia. Como a velocidade das informações, que podem ser atualizadas a todo tempo e podem ser publicadas até de forma mais acessível, mesmo em qualquer lugar do mundo.
           
           Por outro lado, o sociólogo e consultor da Newsporter Association of America alegou que não é o fim dos jornais impressos. Para ele, mesmo que as telas dos computadores evoluam, elas nunca poderão ser dobradas, enroladas e levadas para toda parte, como o jornal. E no papel, também é mais fácil de visualizar todas as informações expostas na página, sejam elas importantes para o leitor, ou não. Sendo muito mais prática e confortável a leitura dessa forma. Também é importante ressaltar que as versões impressas ainda recebem mais patrocínio dos anunciantes e do governo.

      Foi realizada uma pesquisa pela professora de jornalismo norte-americana, Donica Mensing, e observou-se que os jornais online não prejudicam suas edições impressas. Entretanto, um terço dos jornalistas entrevistados afirmou que a versão digital aumentou o interesse dos leitores por seu produto em papel. Enquanto apenas 2% deles disse que a nova versão prejudica a tradicional.

          Mesmo que esteja havendo uma tendência da velha mídia migrar para a versão eletrônica, não será o fim do jornal impresso se houver uma parceria entre os dois. Para acompanhar o ritmo da internet, o outro terá de usar de mais criatividade e pode também aproveitar para se aprofundar mais nos assuntos e notícias. A versão digital pode trazer outros benefícios como a divulgação e originalidade. Se um der suporte ao impresso, todas as partes sairiam no lucro.
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O que é um projeto de extensão?




A professora Maria da Conceição Fraga explica mais sobre a prática das teorias acadêmicas dentro da própria universidade

Por Carolina Freitas

   Na universidade, se ouve muito sobre as oportunidades de extensão, pesquisa e monitoria. Na área de Comunicação Social, a extensão é importante para nos identificarmos com a realidade da profissão. Entrar num projeto de extensão se inclui no “ritual acadêmico” pelo qual nós, estudantes, passamos para entrarmos no mercado.
   Afinal, como ter a prática do dia-a-dia da profissão antes mesmo de estar no mercado de trabalho? Como aprender a assumir responsabilidades e trabalhar com outras pessoas? E qual o papel do ensino de teoria nisso tudo? O contraponto prático da sala de aula é o projeto de extensão. É uma incubadora acadêmica onde se pode aprender a acertar.
   Para falar sobre algumas das questões acima e a importância do projeto de extensão para o aluno, a Professora Maria da Conceição Fraga, Pró-reitora Adjunta de Extensão e Coordenadora do projeto de extensão Trilhas Potiguares falou conosco.
                       
MultArtComo se cria um projeto de extensão? No caso de um aluno ter uma ideia e quiser passar para frente ele tem que buscar um professor?
PROF.ª – A resolução que normatiza as ações de extensão é a 053/2008 CONSEPE. Diz que quem pode coordenar um projeto de extensão é professor ou técnico com nível superior. Então se elabora o projeto e cadastra no SIGAA. As ideias dos alunos são fantásticas, muito bem–vindas, ideias inclusive de incorporar aos projetos que eles fazem parte. A instituição é de pesquisa, ensino e extensão, são três dimensões indissociáveis que fazem parte da formação do aluno. Talvez por isso o aluno não possa protagonizar um projeto, porque eles fazem parte da formação. Ainda existe esse debate, há quem defenda que o aluno poderia protagonizar.
MultArt Como é que os projetos influenciam na vida acadêmica do aluno?
PROF.ª – É extremamente importante. A grade curricular são atividades de ensino, na sua ampla maioria, mas também são amalgamadas com a pesquisa e com a extensão. Inclusive, tem uma lei federal que exige 10% da carga horária ser voltada para as ações de extensão. Ela possibilita ao aluno no momento da sua formação uma experiência, uma vivência para além da sala de aula, num contato direto com a comunidade, onde ele provavelmente vai estar inserido na sua vida profissional.
Quando você está pagando uma disciplina, vê uma teoria, "teoria da comunicação", "a história da comunicação", é importante conhecer, por quê? Porque elas vão subsidiar. Quando você vai para o momento profissional, o produto vai ter que ser concebido a partir dessas teorias. Mas se você ficar só nas teorias você não vai saber nem o que é o rádio, nem o que é o blog.
A extensão possibilita que você fique imerso na realidade social Então, este é o grande papel da extensão: é porque você sai da sala de aula, e você vai realmente vivenciar todas aquelas teorias na prática...
MultArtEntão como é que você tem visto o projeto de extensão afetando a sociedade?
PROF.ª – Primeiro veja, quando você diz a “sociedade” isso não quer dizer todos, mas também as carências não são de todos, são pontuais. Há as carências dos quilombolas, das mulheres, de negros, de homossexuais... As de determinadas profissões, ou seja, cada grupo social tem sua demanda. Quando a gente diz que a universidade se relaciona com a sociedade é porque se relaciona com diversos grupos de várias áreas. Para cada um desses grupos ou áreas, ela tem uma política específica. Ou seja, os projetos são voltados para aquilo, não existe nada universal.
MultArt  Você acha que falta mais visibilidade para os projetos de extensão daqui interagirem mais com a sociedade?
PROF.ª – Não, eu acho que faltam mais recursos. Se o governo federal botasse mais, a gente teria mais, porque a demanda é “enorme”. Temos que cortar um monte de projetos bons. Com mais investimentos, teriam mais trabalhos, mais professores envolvidos, mais estudantes envolvidos, mais projetos realizados e melhor atendimento para a sociedade nas suas demandas.
MultArt  E podem ter alunos bolsistas também? Inclusive bolsa remunerada?
PROF.ª – É bolsa remunerada, mas quem quiser se envolver como voluntário é muito bem-vindo. É o que sempre digo para o aluno: vá, porque o professor trabalha ali, experiência você ganha do mesmo jeito, você não vai ter é o recurso. E naturalmente, quando vai ter conquistas de bolsas, as pessoas vão envolvendo aqueles que já tem experiência.
MultArtSabe quantos projetos estão ligados a área de Comunicação Social?
PROF.ª – Esse dado nós temos na pró-reitoria. No ano passado, a gente realizou mais de 1350 ações, das quais 900 eram projetos. Mas por área eu não poderia lhe dizer porque são várias áreas...
MultArtE, como coordenadora, você vê a diferença naqueles alunos que participam?
PROF.ª – Enorme. É uma experiência e uma experiência pessoal. Conviver com grupos, é a comida diferente, vai dormir num lugar e não é só você, como usar o mesmo banheiro, como respeitar a individualidade dos outros... Você deixa aquela condição de vida de tudo perfeitinho e começa a lidar com dificuldades, aí você vai começar a entender o que é a vida real.
MultArt – Você acha que [um projeto de extensão] abre portas para o mercado?
PROF.ª – Acho, porque o mercado quer o quê? Experiência. Hoje em dia, todo mundo faz curso, qual o diferencial? Experiências individuais, de vida, capacidade de tolerância, responsabilidade, assiduidade, pontualidade. Tudo é atributo que distingue uma pessoa da outra.

Há cinco projetos de extensão em execução neste semestre, na área de Comunicação. Se além de participar de um projeto de extensão, você tiver sua própria idéia, vale a pena fazer seu próprio projeto, a seu gosto (ou do grupo), mesmo que à parte da universidade. Exemplos de idéias assim são: o blog Fala, Foca! e os sites Pra Nós Rola e Revista Esquina, que trazem as ideias e trabalho puramente dos alunos. Um projeto próprio também é uma boa forma de ter liberdade para exercitar suas capacidades comunicativas.
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A espera está prestes a acabar



Por Sergio Pastel
   O Labcom (Laboratório de Comunicação),é um espaço destinado aos alunos de Comunicação Social da UFRN para a prática acadêmica. Equipado com estúdios de TV, rádio e fotografia, o local está sendo ampliado e a previsão é que as obras sejam concluídas no dia 31 deste mês.
   Para falar mais sobre esse assunto, entrevistamos Sebastião Faustino, chefe do departamento de Comunicação Social. Ele nos falou sobre o Labcom e nos deu detalhes do novo anexo, estrutura, remanejamento do curso, atraso nas obras, planos refeitos, custos e a esperança que as obras sejam concluídas o mais rápido possível.
   Segundo Sebastião Faustino, o novo prédio deveria ter sido entregue desde 2010. Porém, houve atrasos por parte da empresa licitada para fazer a obra. Ele também falou que a atual construtora,  assim como a anterior, alegou no ano passado que não tinha condições financeiras para continuar a obra. Por isso, o último prazo prometido para a entrega do prédio (31 dezembro de 2012) não foi cumprido
   Confira a entrevista e entenda um pouco sobre o novo Labcom, bem como os aspectos que envolvem a criação do atual anexo.

MultArtMe fale um pouco sobre o que é o Labcom hoje, em qual contexto e por qual razão ele foi criado?
Sebastião Faustino - Foi uma extensão, pois o curso de comunicação funcionava espalhado pela universidade, não tinha estúdio de TV e nem de rádio. Funcionava improvisado na biblioteca até o inicio dos anos 2000 e também no setor V, em uma sala improvisada. Por isso, surgiu a necessidade e foi construído o laboratório atrás da TV universitária, que é o que temos hoje.

MultArt – Desde quando se especulou a criação desse novo anexo e quais fatores contribuíram para a ideia de criação?
Sebastião Faustino - Esse prédio novo teve o surgimento a partir da aprovação da nova habilitação de Publicidade e Propaganda. Não se tem como configurar um curso novo sem que houvesse um novo espaço, pois o antigo não comportaria. O projeto foi feito em 2008 e estava programado para ser entregue em 2010.

MultArt – As expectativas dos alunos em relação a obra são grandes, há muito tempo já deveria ter sido entregue, o ultimo prazo dado e não cumprido foi 31 dezembro 2012?
Sebastião Faustino – Sim. Quando visitei a obra no mês de outubro, a promessa foi 31 de dezembro. A empresa não conseguiu cumprir o prazo... Uns alegam que foi problema no repasse financeiro que a empresa não recebeu da universidade, mas não tenho nada oficial que comprove isso. Eu só sei que o que interessa para o DECOM (Departamento de Comunicação Social) é que seja entregue. Fizemos toda uma projeção baseada na promessa de entrega deles, oferecemos doze disciplinas optativas, nos esforçamos nas férias para adiantar processos de contrato de professores, brigamos para mostrar que era necessário  oferecê-las, então nos informam que não tinham condições de entregar o prédio. Caímos em desespero, pois o CCHLA já havia nos comunicado que não tinha espaço,nem mesmo para as outras disciplinas normais dos outros cursos.

MultArt – Em decorrência da criação dessas doze disciplinas, de busca de professores e vendo que o prédio não seria entregue, o que foi feito em relação a isso?
Sebastião Faustino – Infelizmente, foi não cancelar as disciplinas. Coloquei uma nota via Sigaa,fui falar com os alunos e encaminhamos nossas demandas para o centro. Conseguimos relocar algumas turmas e outras conseguimos colocar no Labcom. Fizemos esses improvisos para não cancelar todas as disciplinas. Ainda estamos na esperança que eles entreguem o prédio nesse semestre e eles assinaram um termo de compromisso com a UFRN que entregariam dia 31 desse mês de março. Porém, não posso lhe confirmar que eles vão cumprir, devido ao histórico já mostrado. 

MultArt - Falando em termos comparativos,o que mudaria com a vinda desse novo prédio? Quais os custos realizados, incluindo equipamentos?
Sebastião Faustino - O que tem de custo aqui é uma coisa absurda, são mais de dois milhões. Quando assumi o cargo, tive que fazer adequações no projeto, pois a estrutura não foi pensada de uma forma didática para suprir as necessidades do curso. Um exemplo é que não tinham laboratórios no prédio novo. Eu necessito de novos laboratórios, mas sempre negociando com a universidade, pois não posso fazer nada que não esteja no contrato. Haverá estúdio de fotografia, de mídia sonora publicitária, de rádio e uma das salas de redação será espaço de pesquisa. Está sendo analisado fazer o projeto de uma área de convivência. Todo sinal será digital, não haverá diferença nenhuma do sinal que será veiculado na Globo. Solicitamos câmeras subaquáticas, quatro filmadoras de sinal digital, com o valor de 51 mil cada,a ilha de edição totalmente digital,compramos câmeras que podem fazer transmissão ao vivo de qualquer lugar,basta conectar a qualquer notebook. Solicitamos radiolink para dar link ao vivo de qualquer lugar, além de quarenta câmeras e vinte filmadoras.

MultArt- Haverá algum remanejamento das turmas que hoje se encontram no setor II?
Sebastião Faustino – Todas as turmas do DECOM iram para esse novo anexo, nada de setor II, pois do primeiro ao ultimo período, todos estarão no anexo do Labcom.Já está bem acertado esse ponto.Caso haja essa entrega no dia 31, nos mudaremos para lá o mais rápido possível.

MultArt – Haverá alguma cerimônia de inauguração do novo prédio?
Sebastião Faustino – A reitora, provavelmente, irá querer inaugurar. Esse prédio antigo nunca foi inaugurado, não existe nenhuma placa lá dizendo que é o Labcom ou que foi inaugurado em um exato dia.O que sabemos é sobre a memória das pessoas, se perguntar qual o dia em que foi inaugurado,talvez umas saibam, outras não.
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