Mamulengo: arte da mão viva


Os fantoches criam vida através dos movimentos das mãos dos artistas

"Fala, fala mamulengo

Vai gracejando prá nos divertir
Fala, fala mamulengo

O mundo inteiro necessita sorrir"

Mamulengo, Luiz Gonzaga.


                                                                                                                                Por Yasmin Farias
  O mamulengo, conta-se, é de origem européia. Logo na Idade Média, quando a Igreja Católica usava marionetes para expandir seus preceitos. Nessa época, as apresentações com fantoches foram chamadas de Presépio. No Brasil, foi introduzido em Pernambuco, ainda no século XVI, chamados de mamulengo. Como surgiu de inspiração católica, as principais alegorias eram figuras que representavam, além dos santos e dos reis magos, animais de estabulo, comuns aos presépios armados durante o Natal.
(Foto: http://4.bp.blogspot.com/ Edição de imagem: Andressa Dantas)
  O teatro do bonecos possui vários nomes pelo Brasil: mamulengo em Pernambuco, babau na Paraíba, Casimiro coco no Ceará, Briguela na Bahia, João minhoca em São Paulo e Minas Gerais e João redondo no Rio Grande do Norte. Na representação teatral, em todos os fantoches há uns panos à frente, atrás dos quais se escondem um ou mais manipuladores que dão voz e movimento aos bonecos. Suas representações geralmente eram em praça pública que em geral, durante os festejos religiosos, apresentando a tamática bílica ou sobre atualidades.
  Na cultura popular nordestina, o mamulengo é práticado desde a época colonial e retrata o cotidiano do povo que a prática, geralmente situações cômicas e sátiras.
  A origem da expressão mamulengo não é definida, mas algumas teorias dizem que a palavra deriva de mão molenga, mão mole pela facilidade que o bonequeiro tem de manipular um ou mais bonecos ao mesmo tempo. Outra versão é que a palavra venha de Mulungu, madeira da qual são feitos os bonecos.  

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