A exploração turística serve como base
para uma produção artesanal de bom nível e a circulação dela para o resto do
país
Por
Anderson Maciel
Natal é um polo turístico
frequentemente visitado – embora essa afirmação esteja se encaminhando à contramão nos últimos anos. Os turistas, encantados
com nossas belezas naturais e com o bom atendimento que geralmente recebem, têm a reação natural de procurar uma lojinha ou
quiosque especializado no artesanato, onde podem
comprar objetos, roupas ou outro acessório que marque
sua visita e os faça lembrar-se dela em momentos futuros. Em meio ao
contingente de opções e variedades, destacam-se caixinhas decoradas e
porta-chaves.
De acordo com as simpáticas artesãs
Madalena e Marluce, as quais possuem um quiosque na UFRN,
as caixinhas decoradas são criadas a partir de madeira, tinta e, para
propriamente justificar o nome que é dado, usa-se a técnica da decoupagem –
modelo decorativo das caixas, usando figuras recortadas em guardanapo,
fazendo-as com a criatividade que Marluce possui.
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(Fotos: Anderson Maciel/Edição de imagens: Andressa Dantas) |
Os porta-chaves também são feitos com
madeira e decorados de maneira criativa pelas artesãs. A produção é lenta ou
acelerada. Caso o número de envolvidos na confecção das
peças seja pequeno, o tempo de produção é maior. No caso de Madalena e Marluce,
apenas as duas realizam o trabalho.
No entanto, mesmo que a tendência seja
de grandes vendas no setor artesanal do Rio Grande do Norte -
devido às boas estatísticas turísticas e com todas as peças e objetos já citados - elas afirmam que não dá para
viver apenas com a renda proveniente dos lucros vindos
do turismo, pois existem épocas específicas onde o número de turistas
aumenta ou diminui. Dessa forma, seria inviável
se sustentar com apenas isso. Madalena é clara nesse aspecto: “Aqui não dá para viver com artesanato, mesmo o Rio Grande do Norte
sendo esse grande polo turístico”.
Ainda nesse pensamento, enquanto houver turistas, haverá peças de artesanato para se
exportar e fazer com que a cidade de Natal seja vista por pessoas de outras
cidades e estados. Seja por meio de camisas, as
quais podem vir com um símbolo do sol (como as do
quiosque da UFRN, por exemplo), ou por caixinhas
decorados e porta-chaves, o artesanato existe e cada
vez mais ratifica a importância do seu papel.
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